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Excerto do Livro Doze de Geínha -
A Luz dos Seres

Espalhados pelo chão do avesso; cada qual sentado à sua maneira e sem iriar, olhar ou ocelar para os outros; Tóxia ancorada no ombro direito de Rá; os fissuradores curtem (sofrem com) sua frustração de ali quedarem (ficarem), sem pistas para volverem ao lado direito do continuum na data onde se acham, justamente o passado, único ritmo (tempo) no qual poderiam destruir a origem da coisa.

Para encontrar suas próprias géas (forças), falando de grandes forças, Rá monologa (fala consigo mesmo), na esperança de alguém lhe dar ouvidos ou érios e, ao obter uma resposta qualquer, sentir-se mais vivo...

- Os bobos cientistas especulam (pensam profundamente, mas sem muita base, a partir de meras hipóteses) os jeitos difíceis ou impossíveis de agirem sobre o abisso-ritmo (espaço-tempo), como, por exemplo, produzirem dobras no continuum (abisso-ritmo) a vante (à proa, adiante, à frente) ou a ré (atrás) das astronaves...

- Sim, Rá. Bip. E eles mesmos sabem e dizem: não há géa (energia comum) disponível para criar essas dobras, nem sabem gerar os já cogitados (pensados) “wormholes” (ao pé da letra: “buracos de vermes”), para perfurarem o continuum recurvado e atravessarem direto as distâncias e os ritmos (tempos) enormes entre os diferentes pontos da Kykla (a Galáxia) e de objetos cósmicos além. - responde o Bio, amenizando (diminuindo, tornando mais suportável) a frustração de Rá e vivificando o enkinho...

- Maw! E o jeito certo não lhes passa pelas cabeças duras, mawmawmaw; vai ocelar, está engasgado naqueles pescoços finiiiiiiiiinhos... - palpaja a telária, ajudando a levantar os ânimos (resoluções firmes de vitória) com sua brincadeira.

- Beep?! - pergunta exclamativamente Obor, querendo também colaborar na melhora dos humores (estados de espírito), embora nada entenda de viagens no ritmo e no vasto espaço cósmico...

- E a maneira de viajar no tempo é tão simples! Hi-hi! Os cientistas são mesmo os seres mais burros do Universo... - diz Talia, cujo sorriso cristalino clareia de vez o pensamento de Rá e lhe põe géa imensa no coração...

- Se eles soubessem! - volta Rá, num tom animado e confiante - Se soubessem da existência do plano mens, no qual as coordenadas de tudo quanto existe estão demarcadas, bastaria agirem nesse plano e mudarem o registro da posição da astronave ou da máquina do ritmo (tempo), fosse no abisso (espaço), fosse no ritmo (tempo), ou fosse em ambos de uma só vez!

- Bip! E isso se faz corriqueiramente entre os Galácticos, usando-se o EXÓS. Depois de Você inventar o TÉLIA-EXÓS e de Tóxia assim o batizar, ficou inda muito mais simples e seguro viajar no continuum.

- Maw! E sem nenhum gasto de géa (energia). Mawmawmaw. Basta mudar o registro da cosmonave ou da máquina do ritmo no plano mens, maw, igual se troca um dado num campo de formulário de computador! E nem precisa de máquina ou nave, maw: dá pra viajar nu em pêlo, quando se sabe mexer nesse plano. Maw.

- Arqueu sabe! Ele viaja assim! O problema é criar as roupas no lugar onde chega... hi-hi!

- Poderia levar as roupas, bip, porém isso o obrigaria a um trabalho psíquico (mental) maior.

- Com o TÉLIA-EXÓS, ou mesmo o EXÓS, instalado numa nave ou máquina do ritmo, qualquer um, sem poder mental além da média, mexe nos registros mens e viaja para onde e quando quiser. E sem gastar a géa de sóis ou do Universo inteiro pra se mover acima da velocidade da luz, como necessitaria, caso seguise os modelos bobos dos cientistas. - fala a menina, pois conhece bem a teoria e a prática do EXÓS e do TÉLIA-EXÓS.

- Por isso mesmo os Galácticos tomam tanto cuidado com o segredo do EXÓS e do TÉLIA-EXÓS. Maw.

- Quando os cientistas lerem Géa e Geínha, começarão a imaginar um plano subjacente (o qual fica por baixo, em relação) ao continuum! Só depois lhes nascerão idéias e se porão a trabalhar em novas teorias e fórmulas matemáticas, até quem sabe enfim conseguirem, na Terra, em Géa e noutros mundos atrasados como esses nossos, a viagem acima da velocidade do géon e de uma para outra era. - fala Rá, concluindo o assunto.

Os presentes entreiriolhocelam-se, recuperados do malogro (fracasso) da travessia para o lado direito do lençol. Cada fissureiro gira sobre si; e todos já se acham voltados uns para os outros, formando um círculo irregular, próximo à área onde, no lado direito do lençol, situar-se-á (sic) a mangueira na qual nasceu (sic) a teia do opilião.

Súbito, largo tubo caliginoso (muito escuro) desce do céu, e outro de igual diâmetro, feito seu espelho, sobe do solo, para se unirem numa só peça e circunscreverem (formarem um círculo ao redor de) em seu oco o círculo de fissureiros. Dentro do tubo, os fissuradores estão na treva.

Rá, com Tóxia ao ombro; Talia; Posenk e Obor, géons já acesos nos írios para iluminarem o recinto (lugar fechado), põem-se de pé num salto. A telária arma o bote enquanto ancora mais fios de télia na veste do enkinho.

No interior do tubo, cujas extremidades se somem no zênite (o ponto mais alto do céu) e no nadir (o ponto mais abaixo de todos, no solo e oposto ao zênite), surgem duas luzes auribrancas (douradas e brancas). Uma é maior e avermelhada; outra, menor e azulada.

Sob os iriolhocelares espantados dos fissureiros, essas luzes se transformam nas imagens de Cléter e Terúlia, de pé no meio de seu círculo.

Os fissuradores se agrupam no interior do tubo, de maneira a Cléter e Terúlia os poderem ver a todos num só olhar, e convidam-nos a também se sentarem no chão. O convite é aceito; e os Kyálteres do Kypsidomem (ou Almapsidomem) assentam-se no solo, cruzando as pernas.

- Enfim conseguimos! - exclama Cléter, a plena voz, sem cuidar de algum inimigo invisível o perceber.

- Graças à colaboração de Aniplanta, pois em Vegeorbe nos ouviu em segredo e com suas companheiras de espécie criou as condições para projetarmos a nossa réplica virtual até aqui, no interior deste tubo mens, involável pelo inimigo. - informa Terúlia.

- Então vocês se encontram lá longe? Só em imagem, som e aparência aqui estão?

- Exatamente, Rá. - afirma Cléter.

- E vieram fazer qual coisa?

 

..................continua


Opinião pela LEITURA COMPLETA DE TODOS OS LIVROS DE CCDB, REALIZADA POR EUSÉBIO PIZUTTI

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