Excerto do Livro Oitavo de Geínha - - Sim, sou Deimos. Para ajudá-los, meus filhos... Ao eriouvirem essas palavras do Ky de Octopodeimos pela boca do robô-médium Obor, todos, até mesmo Tóxia! sentem forte arrepio: quem o não sentiria, ao imaginar-se filho de um aracnopólipo, não sendo dessa pentificante (aterrorizante, no idioma dos pêntios) espécie? - Maw, Deimos! Esta filha telária o acolhe com desmedida honra. Mawmawmaw. - palpaja Tóxia, nem bem se livra do arrepio. - A honra é toda minha, Tóxia. - Eu também me sinto honrado com esse pai espiritual, Deimos! Aliás, já fui um aracnopólipo noutra encarnação, e... - E foi aquele ao qual Penta Ro Bolinei deve toda a sua beleza: sei quem Você foi, Rá. - Mas deveu outrossim toda a tristeza, Deimos. - Você reparou esse mal ao restaurar-nos a íria. - Essa vitória foi sua, quando me procurou “ali, no canto escuro”! - Foi uma vitória de todos nós. - Ser filha de um pai espiritual feito Você é uma imensa honra para mim, Deimos. - Ser seu pai espiritual assaz me enleva (encanta), Talia. E desde já lhe adianto: seus verdadeiros pais, a quem Você obteve do Kytridéltico a graça de vislumbrar (ver de relance, entrever, ver por pouco tempo e não muito bem), estão comigo em fortes vibrações, para lhe transmitirem sua concordância neste apadrinhamento (ato de dar proteção, como a dos pais) psíquico (da alma) e as suas mais plenas bênçãos. - Seria possível eu rever meus pais, Deimos? - Infelizmente não, Talia. A situação no avesso do continuum e a mediunidade de Obor não o permitem neste momento. Por isso mesmo estou transmitindo aquelas vibrações de seus pais a Você, em lugar de eles próprios o fazerem. - Ahn... sei... uma pena... Diga pra eles, por favor: eu os amo!!! De todo o coração! - Acabo de lhes enviar sua mensagem, Talia. Eles se distanciam na correnteza da Géa, mas ouviram Você e lhe transmitem o mesmo amor. - Chiuf... - chora Talia uma lágrima sentida... - Bip! É dignificante para mim ser chamado de filho por Você, Deimos. - E para mim, ter um filho ímpar (sem igual) feito Você, Posenk. - Saudações Espirituais, Octopodeimos. Este seu filho lhe envia as melhores vibrações. - Aceitas e retribuídas, Serias Bulggo. - Além de saudá-lo, Deimos, quero agradecer infinitamente sua ajuda, embora me entristeça o preço pago por Você para ajudar-me. Eu não mereç... - Psiu! Não diga isso, Serias Bulggo. Se Você não merecesse, eu não o teria feito. E não me agradeça mais, por favor: aracnopólipos também se encabulam... - Por essa eu não esperava, Deimos. Nesse caso, aceite as minhas imorredouras (as quais nunca morrem) vibrações de Géon, Gédia e Beldo, embora eu não seja um Galáctico, para pronunciar essas palavras típicas da Ordem. - Aceito-as, em todas as pontas do Sagrado Trilátero, pois nem só os Galácticos sabem o valor dessas três palavras, Géon, Gédia e Beldo; ou Luz, Vida e Amor! Bom. Agora devo contar-lhes o motivo de... - Faltou Obor agradecer... hi-hi! - Obor fica inconsciente quando recebe meu Ky, Talia. Porém, sinto-lhe no circuito principal uma espécie de agradecimento, o qual me comove. Por isso mesmo, estou rogando ao Pai de todos os Tentáculos, o Emissor de todas as Sépias, o Criador dos Oito Sexos, o Grande Tentaculado, para, quando possível, conceder a Obor a bênção da gédia, ou vida, feito vocês dizem em Tridelta, a belíssima Terra... - Isso de ficar inconsciente quando se recebe um Ky não me agrada, Deimos. Eu quamnum aceitaria uma coisa dessas, mesmo se o Ky fosse a mais confiável e bondosa de todas as criaturas de Géo. - Tem toda a razão, Rá. Mas Você é uma criatura gédia (viva). Obor, o robô-médium, não é gédio. Mesmo assim, venho tendo o máximo cuidado para não lhe interferir nos circuitos e na programação. Quando se trata de um ser gédio, a coisa muda de figura. Também eu não aceitaria, se estivesse encarnado, receber Ky algum, caso precisasse perder a consciência e o controle de meu corpo para tanto. - Eu o interrompi, Deimos, quando falei do agradecimento de Obor. Você ia dizendo “Agora devo contar-lhes o motivo de...”. - Sim, Talia. Agora devo contar-lhes o motivo de minha presença aqui. - Aqui, onde? Aqui, conosco; aqui, dentro de Obor; aqui, no Além... Onde Você realmente se encontra, Deimos? Sempre quis saber isso de onde fica o Além e de como é o espaço no interior do Além... - Estou aqui, com vocês, Rá, e também aqui, dentro de Obor, e inclusive aqui, no Além. Estou em todos esses lugares ao mesmo ritmo (tempo), Rá. - Como pode estar em mais de um lugar ao mesmo tempo, Deimos? Estando em nenhum lugar, Talia... - Maw! Essa foi ótima, Deimos. Estar e não estar é comigo mesma. Mawmawmaw. Estou aqui; maw; a zúnia nem percebe; maw; estou ali, em cima dela; maw; e já estou aqui de novo! Sssiiiiiiií!!! Venha para a garganta de Oég!!! - e Tóxia parece estar nesses dois lugares ao mesmo tempo: parece ser ubíqua (estar em todos os lugares ao mesmo tempo), ao saltar rapidíssimo sobre uma zúnia e trazê-la de volta ao ombro de Rá, donde iniciou o salto.
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