Excerto do Livro Onze de Geínha - Nossos protagonistas (personagens principais) obtiveram de Akaký a primeira metade da tão esperada resposta para vencerem a coisa e derrotarem quem lhe está por trás, infundindo-lhes (pondo dentro deles) o poder de se moverem, perceberem as coisas e pensarem na velocidade dos vegetais. Aprenderam a alcançar e a controlar, sem o perigo das drogas, o estado mental e o lento ritmo circadiano das plantas: podem sentir o tempo passar e ver o mundo igual elas o sentem e vêem - e isso lhes mostrou muitos e muitos fatos, jamais notados antes. Kefer os iniciou na segunda metade dessa resposta, dando-lhes o poder de usarem a velocidade dos hexápodes sem a necessidade de sua presença dele. Os fissuradores têm agora, além da velocidade própria de enkinho; menina; robô; Ky Único das telárias, o qual é Tóxia; e Ky Único dos Enks, de quem Posenk é um dos Kyálteres, toda a ligeireza dos insetos e outrossim a possibilidade de sentirem, perceberem o mundo e pensarem feito eles - e isso lhes mostrou muitas e muitas coisas, nunca vistas antes. - E agora, pessoal? - E agora qual coisa, Rá? - E agora, Kefer não nos apresentou nenhum guia para a próxima etapa de nossa luta contra a coisa, Talia. - E quem disse ser necessário um guia para isso? Bip. - Beep. Não me lembro de terem dito isso, não. - Maw! Sozinhos podemos muito bem vencer a coisa. Em minha gédia, maw, quanmum precisei de guia algum; a não ser em telariazinha, quando gediava (vivia) montada nas costas do abdome de minha saudosa mãe. Mawmawmaw. - Esteja ela entre os poderosos palpos do Pai de Todas as Télias! - Bip! Géa para a mãe de Tóxia, Talia! - Géa também lhe desejo eu, Posenk! - Beep! Assim seja, Rá! - Veneno!!! Maw! - Bip... Podemos não precisar de guias; porém... Qual destino tomaremos agora? Para modificar deveras (de verdade) o passado, ninguém sabe o jeito senão Géo e Géa; e estes não revelarão o segredo a ninguém: esse segredo tem de ser descoberto por quem se aventurar a resolver o problema. Octopofélix com os outros Kys Únicos sentiam só ser possível resolver o problema da coisa se o passado fosse modificado, pois é impossível deter a marcha da coisa no presente. Então, viemos para o passado. E vocês dois, Talia e Rá, mais Tóxia, obtiveram a eternidade com aquele banho no chafariz, para se não sumirem quando voltassem no tempo à época na qual inda não existiam. - Sim, Bio. Sabemos tudo isso. E então? - Então, não tenho a mínima idéia sobre qual rumo tomar, qual coisa fazer, Rá. E não sei como unir os dois poderes, o das plantas e o dos insetos, num só recurso para ser usado na vitória contra a coisa, de maneira a transitarmos, sem interrupções, do mínimo da velocidade das plantas, passando por nossa velocidade normal, para o máximo da velocidade dos insetos. E vocês? Bip. - Maw... Eu não. - Nem eu. - diz Talia. - E eu idem. - fala Rá. - Muito menos eu. Beep. E... E Obor interrompe sua fala, porquanto os írios, os olhos e os ocelos dos amigos se abrem desmesuradamente para o astro Rá, o sol de Géa, o qual acaba de aparecer no horizonte, pois estamos num lindo amanhecer, embora avessado. Obor segue os iriolhocelares dos fissuradores e, ao fitar o disco solar de Rá, também arregala imensos írios de robô. No exato rumo do sol Rá nascente, mas logo abaixo da sua imagem e muito mais perto dos fissureiros, abre-se na orla (beira) da mata uma flor de lótus (ou loto), embora seja este um vegetal do planeta Terra. No centro dessa flor e reproduzindo a lenda egípcia a qual descreve o primeiro aparecimento de Rá, o deus-sol, surge, luminosíssimo, ninguém mais ninguém menos senão... - Kefer!!! - Maw!!! - Bip!!! - Beep!!! - Então não é lenda!!! Kefer é mesmo Rá, o deus-sol do meu orbe (planeta)!!! Do centro da flor, a qual desaparece misteriosamente, a imagem esplêndida de Kefer, inteira dourada e a espirrar luz em todas as direções, sobe e coincide com o centro exato de Rá, o sol do mundo Géa! E nesse exato momento, Rá, a íria (estrela), té então azul, a cor avessada, retoma a sua cor áurea (dourada), mesmo estando no avesso do continuum, como se o ouro do escaravelho o invadisse e ambos fossem uma coisa só! Então os fissureiros assistem, deslumbrados, ao moto (movimento) da estrela dourada Rá pelo céu avessado, com o escaravelho Rá, também chamado Kefer; e esse movimento é o mesmo realizado aparentemente (pois quem gira é o planeta) pelo sol de Géa todos os cromats (dias), desde o orto (o nascente) até o ocaso (o poente). Um cromat inteiro acabara de se passar durante aquele moto; mas, para os fissureiros, tudo não leva mais de um tríntado (trinta trínticos, trinta segundos); e logo Rá, a íria, mais Rá, o escaravelho, estão no poente. Quando a imagem do disco de Rá, a íria, toca o horizonte, sua cor retoma o avessado azul. Do centro da imagem da íria, o escaravelho, sempre áureo e luminoso, desce ao chão. Sua luz se some; e, sob o céu inda claro do crepúsculo geóctone, Kefer continua dourado.
..................continua Opinião pela LEITURA COMPLETA DE TODOS OS LIVROS DE CCDB, REALIZADA POR EUSÉBIO PIZUTTI Veja esta página criada especialmente para apresentar essa opinião.
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