Livro de ilustrações para o Livro Onze de Géa

O Desrelacionador

Veja abaixo a belíssima capa do livro eletrônico que o autor de Géa já tem pronto para apresentação a editores, com o intuito exclusivo de publicá-lo impresso em papel!

Nesta capa, que reproduz uma das ilustrações do Livro Onze, você vê pela primeira vez neste site a imagem do vórtice com a Esfera da Morte derredor. Saiba tudo a respeito e muito mais, lendo Géa!

Texto de Géa ao qual se refere esta ilustração:

Oculta pelo refrator, a ritmonave eleva-se com o Ionomag no ar invisível; e este logo se visibiliza, azulejando Géa. No abisso exterior, Clausar aciona o Gravitor, alcança o limite do sistema rádico e ativa a marcha lenta do EXÓS. A Constelação da Telária é cruzada em trínticos. Beirando o minuto domínio do Sol, Clausar perspectiva a eclíptica e voa à região zodiacal chamada de Virgem em Tridelta. O plano supergaláctico, onde reluzem as mais brilhantes galáxias visíveis da Terra, é ultrapassado. Sob o ronrom suave dos treze reatores, o enk ruma à Fronteira da Luz. O limite telescópico do Cosmo é atingido e deixado atrás. Novas espiras expõem-se aos írios de Clausar, para passarem cada vez mais rápido, enquanto o bio controla a géa das astrovulvas e do quasar, cuidoso para não se repetir a trepidação sentida em Umalfa. Súbito, o Galáctico vê a primeira imagem do sítio onde ferve o turbulento Grande Atrativo; ultraglomerado aonde todos os corpos celestes se dirigem e onde mora a solução da Teoria do Caos, achável sem recurso a espaços de fase ou fractais. Em vez das dezenas de milhares de espiras costumeiras, ali sobrestá um vórtice falciforme, associável à temida foice de Oég e invisível aos telescópios terráqueos mais os astrubos geóctones. Por meio do PSID, Clausar presencia o mergulho inexorável do próprio abisso-ritmo no vórtice, e cogita: “- Felizmente o Cosmo não some de relance, e a Géa inda nos sustenta na existência!”. O espaço-tempo é distorcido, igual a líqua impura é torcida e sugada para o ralo da pia onde Gia lava a louça; e Clausar tem essa inesperada visão interior sobreposta à exterior. O geóctone sacode a cabeça, como fazem os elastos após as carícias do dono, ato batizado jocosamente pelo intelector de “dar reset”. Espirradas longe as idéias horripilantes, o enk manda o bio guiar a psiconave direto ao vórtice, na velocidade indispensável para perceptibilizar a aproximação; não, saltar com o EXÓS dentro dele - pois isso poderia causar morte estatânea. O intelector obedece, a 336 é acelerada, entretanto o vórtice não aumenta no panorama psídico, e a Laranja não consegue aproximar-se dele. O bio sonda a essência do abisso-ritmo no plano mens e descobre uma zona esférica ao redor do vórtice, nunca antes detectada por nave alguma, onde as leis do abisso-ritmo e do próprio plano mens não se aplicam: a despeito de todo o Universo estar cruzando essa zona e mergulhando no vórtice, a ritmonave não avança e não é capaz de o avizinhar. Tal qual a 336, uma quantidade inimaginável de outras naves, oriundas de incontáveis mundos de inumeráveis espiras, tenta por sua vez ultrapassar a estranha esfera para sondar o vórtice, e não logra. Parece haver consciência e vontade na barreira esférica, pois quem mostra intenção de nela penetrar não passa, enquanto as espiras com seus orbes habitados e seres gédios trespassam-na e submergem-se no vórtice fatal. O enk orienta o intelector a criar e seguir uma escala incremental de potência para as tentativas de penetração. Enquanto não sucede achegar-se do vórtice, Clausar põe-se a conversar com o bio, para matar o ritmo...