- Irie, lá atrás, três pranélites, Giza! Ascendem em conjunção
quase perfeita! - indica Louriage em amável teruzês, ao fitar pelo
retrovisor os discos quase intersecantes, sôfregos de céu. A célia
Gia volve-se para ré e observa, pelo amplo enerfrátax da nacela.
- Veja, Lú! Estão em eclipse! - exclama a kena.
As três grandes esferas aurirróseas exibem a mordida difusa do
cone trevoso de Umalfa. Em cada lua, o compasso aberto da escuridão
delineia alguns graus com o enorme raio do planeta e visibiliza
o círculo invisível da penumbra, recortado no imaterial: o fundo
celeste, onde a sombra alcança e tarrafa as estrelas.
As luas umalfas não são como a da Terra. A Lua é feminina em tudo:
mingua antes de o Sol entrar no céu e cresce depois de ele sair...
As de Umalfa só pensam umas nas outras. O sol vermelho é impensável:
grande demais para elas. Suas aventuras delas são
incontáveis; por isso, não as vou contar...
Na caligem do zênite, capuz da sobreceleste pênula negra,
desponta a cintilação feiticeira dos astros de
primeira
magnitude, estranhamente amarelos.
Quase tocando a linha sutil do poente profundo, o disco da
gigante vermelha Alfa Telariae é imenso e destaca-se, em
sangrento grená, contra o suave tom pastel da faixa
crepuscular sulfurina. A crócea esfera não brilha nem refulge;
sua luminosidade, atenuada por dez bilhões de espectros,
compensa-se pelo diâmetro exagerado. Atroz quadrigódromo
da
luz, o perímetro estelar se achata no ar e cobre vinte e dois
graus:
quarenta e quatro vezes maior, comparado ao do Sol e
ao da Lua, vistos no azul-algente firmamento da Terra.
- Acentuada, esta refração atmosférica! - analisa Louriage.
- É grande a ponto de suspender a imagem e mostrar a estrela e
os três pranélites acima do horizonte, apesar de estarmos todos
alinhados: eles, lá fora; nós, aqui no planeta (senão, adeus eclipse).
Neste estato, Gia já não tem írios para essas pulcritudes: é toda
lábios, dentes, língua, saliva, paladar, tato e olfato; faminta, té de
comer da beleza o abstrato! Ah, se o "suave tom pastel" do céu
fosse um apimentado pastel chinês... Ah, se a mordida nas
luas fosse dela... Ah, se Alfa Telariae fosse
um gigante rosbife malpassado...
............
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Nota de CCDB: ver qualificações de Sergio Sacco na página "Melhor que o resto do site?"
Nota de CCDB: Idavan Ricciardi é Coronel Médico da Aeronáutica R/R e, na vida civil, médico com título de especialista em ginecologia e obstetrícia pela Associação Médica Brasileira, Mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública e diplomado pela ESG (Escola Superior de Guerra) no Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia.
Opinião de Júlio C. Martins sobre as minhas ilustrações
Nota de CCDB: Júlio C. Martins é Professor da UFES (no curso de Comunicação Social) de Produção de áudio e pesquisador em comunicação e semiótica na linha acústica e percepção sonora. Mestrado em comunicação e semiótica na PUC/SP
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