Aos poucos; delicadamente; como se nada pesasse, a ponta do
monólito rosado mais próxima ao cabo é despegada do chão
e alceada. A rede estende e fecha-se-lhe derredor. Quando a
tensão é máxima, todo o conjunto é suspenso sem a mínima
mudança na velocidade ascensional, tal qual os espíritos se
alam nos arcos dos violinos, e não como as borboletices
das flores voam nas borboletas.

A cova em vê da mesa, brunida de tão exata (com 9,0000
trezêmbilhos de comprimento por 2,1916 trezêmbilhos de largura
e 1,8980 trezêmbilho de profundidade), jaz no chão de pedra,
pronta para receber o géon do dia, há tanto ritmo ausente.

Nem sequer tremulam os objetos antigos, emprateleirados em
longa frataxine junto à parede maior; tampouco balançam os
cortinados rubros, aos lados da desmedida porta de bolinhas
de areia; outronão oscilam as partículas de poeira secular, nas
télias das telárias umalfas, tecidas nos
cantos e reentrâncias do salão.

Umglad abre a boca, bobo de espanto: não concebia pulsar tal
coração sob as formas elegantes da nave branca vestida de azul...

- Preparar para EXÓS! Buraco e turbomotor sinritmizados
às coordenadas cônscias. Segure-se, Giza!

- Manda iriar! - e Umglad entrevê o aço no rastro de géon
calibcerúleo da turbonave, salto sobreacelerado rumo ao infinito.
A trilha anilada é seguida pela mancha rubi da távola reta;
levada pelas róseas amazonas das estrelas, a pedra transpõe
o espaço negro de astros amarelos, piscos
feito os pizicatos da sinfonia!

- SIIIIIIIIC!!! - pronuncia o silvo do ar dilacerado.
E o gigante umalfo responde, sem pensar:

- PRAESENTIA!!!...